[A partir daqui, spoilers do 1º episódio da 3ª temporada de The Mandalorian]
O capítulo não se esforça muito para explicar como foi o reencontro de seu protagonista com o pequeno Jedi ocorrido em Boba Fett. Esses detalhes – incluindo uma nova participação de Luke Skywalker – ficam para quem conferir o derivado. O foco do novo ano está no pecado de Din Djarin e sua jornada por perdão.
O verdadeiro interesse do episódio é explicar que ao retirar o capacete para que Grogu pudesse vê-lo, o Mandaloriano traiu a crença de sua tribo. Com isso, ele se tornou um “Apóstata”, palavra que dá nome ao capítulo e descreve alguém que renegou a própria fé. É na busca por recuperá-la que se instaura a nova jornada da série.
Para voltar a ser considerado mandaloriano, Djarin precisa se banhar nas Águas Vivas das minas de Mandalore, planeta natal de seu povo. O problema é que o local foi destruído pelo Império Galáctico, o que torna a missão aparentemente impossível. A seu favor, o protagonista tem um indício de que o planeta não está envenenado como se pensava, e é nessa pequena chance que ele embarca na aventura para recuperar o direito de estar entre seu povo.
Com o novo norte de explorar as ruínas de Mandalore, Din Djarin e Grogu partem em busca de aliados. Isso leva a dupla a Nevarro, planeta que prospera sob o governo de Greef Karga (Carl Weathers). Ocupando o cargo de Alto Magistrado com orgulho, ele segue firme no propósito de transformar seu lar em um local respeitável.
O plano vem dando tão certo que ele oferece terras, oportunidades de empreendimentos e até o cargo de xerife ao Mandaloriano. Uma forma rápida da série em explicar que, na ficção, Cara Dune não dará as caras por ter sido “recrutada pelas forças especiais”, uma despedida seca que põe a última pá de cal no desligamento de Gina Carano da saga.
De volta à produção, Din Djarin recusa as ofertas de Greef Karga para ficar em Nevarro. Sua intenção no local é recuperar os restos de IG-11, dróide que se sacrificou no finale da primeira temporada para que os heróis pudessem escapar do Império. Anteriormente dróidefóbico, o Mandaloriano agora quer o antigo aliado de volta por considera-lo confiável para a missão de desbravar Mandalore.
Como os restos de IG-11 foram usados em uma estátua que homenageia seu martírio, recuperar a carcaça não exigiu de Karga mais que uma ordem. O problema é que o mergulho no rio de lava, somado à autodestruição, danificou o dróide ao ponto de ele retornar com a programação antiga. Com isso, seus restos tentam matar Grogu em uma cena que presta tributos a O Exterminador do Futuro (1984) e Doctor Who.
Obrigados a matar novamente quem nem estava vivo, Karga e Djarin levam o dróide aos anzellianos, raça conhecida como “os melhores cientistas de dróides da Orla Exterior”. O momento tem três funções: trazer de volta Babu Frik, uma das poucas vitórias do Star Wars: A Ascensão Skywalker (2019), prometer que IG-11 voltará sem memórias e, por fim, garantir a fofura da semana com a obsessão de Grogu pelas criaturinhas.
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