O Rio Grande do Norte tem mais de 2.300 mulheres acompanhadas pela Patrulha Maria da Penha. De acordo com a secretária estadual das Mulheres, Juventude, Igualdade Racial e Direitos Humanos, Júlia Arruda, a rede de proteção é decisiva para evitar feminicídios. Ela destaca que nenhuma das mulheres sob a patrulha morreu em 2025.
Segundo a secretária, as vítimas dos feminicídios registrados no RN neste ano não haviam acionado a rede de proteção. “Aquelas mulheres que acionam a rede têm a chance de ter suas vidas resguardadas”, afirmou.
ações da campanha 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, que ocorre de 20 de novembro a 10 de dezembro. A campanha inclui atividades em escolas, blitz educativas, mobilizações nos trens urbanos e formações para profissionais da segurança pública.
Ela lembrou que o período ampliado – antes eram 16 dias – começa no Dia da Consciência Negra por reconhecer a sobrecarga da violência sobre mulheres negras. “Não tem como falar de enfrentamento à violência sem pensar no enfrentamento à pauta racial”, afirmou. Júlia também mencionou a Marcha das Mulheres, que reuniu mais de 500 mil participantes em Brasília no último dia 25.
Outra prioridade, segundo a gestora, é garantir autonomia econômica às vítimas. Júlia destacou o decreto que prevê que ao menos 5% das vagas de empresas terceirizadas do governo estadual sejam destinadas a mulheres em situação de violência, além da legislação federal que determina 8%.

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