MAIA CHAMA BOLSONARO DE COVARDE EM MEIO A DISPUTAS DA VACINAÇÃO NA CAMARA


Em meio às disputas pelo comando da Câmara e sobre a vacina contra a Covid-19, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), usou as redes sociais neste sábado 9 para chamar Jair Bolsonaro (sem partido) de “covarde”. 

Horas depois Bolsonaro afirmou que “não iria dar palanque para ninguém”, referindo-se à declaração dada por Maia. Neste sábado, o presidente da Câmara rebateu as críticas de Arthur Lira (PP-AL), que concorre à presidência da Casa contra o seu grupo, representado por Baleia Rossi (MDB-SP). “Cada vez mais o candidato do Bolsonaro usa das mesmas práticas do seu chefe. Por isso que cada vez mais eu ouço ele ser chamado de ‘Bolsolira'”, respondeu Maia por meio de sua assessoria de imprensa. 

O deputado do DEM afirmou que Lira cria narrativas falsas para tentar transferir para seu grupo atitudes que “o padrinho dele [Bolsonaro] defende e aplaude”. Lira havia dito que Maia conduziu a Câmara de maneira “personalista” e que a candidatura de Baleia nasce “de uma imposição”. 

O deputado diz ter recebido relatos de pressão de governadores nas bancadas e de repressão das cúpulas partidárias contra a sua candidatura. “Tudo isso lá do lado da turma que fala em democracia e liberdade”, afirmou Lira. Já a acusação de Maia de que Bolsonaro seria covarde foi feita a partir do compartilhamento de uma nota da coluna Radar da revista Veja, que afirma que o presidente tem culpado o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, pela perda de popularidade do governo e pelo atraso na vacinação contra a Covid-19. “Bolsonaro é covarde”, escreveu Maia no Twitter. 

Segundo a nota da revista, na reunião ministerial ocorrida nesta semana, Bolsonaro disse, um pouco em tom de brincadeira e um pouco com seriedade, que a Covid-19 “baqueou Pazuello e que ele não dá conta de mais nada”. O ministro pegou a doença em outubro e chegou a ficar dois dias internado no Hospital das Forças Armadas, em Brasília.

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