Só vacinação em massa salvará a economia do RN, dizem especialistas


O professor, coordenador do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS/UFRN) e membro do comitê científico que assessora o Governo do Estado, Ricardo Valentim, disse que a economia do Rio Grande do Norte está em colapso. A declaração foi dada nesta quinta-feira 25, em entrevista ao Bom Dia RN, da Inter TV Cabugi. 

Segundo Valentim, a situação econômica do País inteiro está em perigo em meio ao aumento de casos e mortes por Covid-19. “A economia do RN está em colapso, empresas estão quebrando, escolas sem aulas, crianças mais pobres sem acesso algum à educação”, disse. Para ele, há apenas um caminho para a saída da crise, tanto financeira quanto sanitária: “A vacinação em massa”, frisou o professor. 

Somente a imunização em massa vai assegurar o retorno seguro ao trabalho, principalmente dos que atuam na informalidade. O economista Ricardo Valério, presidente do Conselho Regional de Economia do RN, concorda. “No momento em que a pandemia chega ao seu mais alto momento, com a inflação subindo e os juros pondo as garras de fora, a única saída possível é a vacinação em massa”, afirmou. Aliado a isso, Valério afirmou ser preciso correr com outras medidas, como o auxilio emergencial, liberação antecipada do 13º salário da Previdência Social e um socorro imediato para as pequenas e médias empresas. 

As análises vêm em um momento de vigência de medidas restritivas mais rígidas em todo o Estado. Desde sábado 20, apenas atividades consideradas essenciais podem funcionar até o próximo dia 2 – decisão que foi tomada em consenso entre a Prefeitura do Natal e o Governo do Estado. 

De acordo com a plataforma RN+ Vacina, o estado já efetuou a aplicação do imunizante em 207 mil pessoas. Seguindo o atual ritmo, a população seria totalmente imunizada em 896 dias, segundo projeções da Fundação Oswaldo Cruz. 

Na quarta-feira 24, a gestão estadual anunciou que os contribuintes optantes pelo Simples Nacional, regime simplificado de arrecadação de tributos, terão um prazo de 90 dias para começar a pagar o ICMS das competências dos meses de março a maio. Os setores de bares e restaurantes terão R$ 11,5 milhões em isenção das tarifas de água e concessão de crédito via Agência de Fomento (AGN). Também se oferecerá R$ 28 milhões de microcrédito para trabalhadores informais e microempreendedores individuais.

 A Prefeitura do Natal, por sua vez, prorrogou prazos para que o setor de hotéis e pousadas recolha o Imposto Sobre Serviços (ISS). A outra proposta da gestão municipal prevê uma carência no pagamento do Simples Nacional pelos próximos três meses.

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem