“Desencorajar a ampliação da vacinação é atentado à saúde”. A frase é da deputada federal Natália Bonavides, ao comentar a decisão do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que suspendeu a orientação de vacinação de adolescentes sem comorbidades contra a Covid-19 por supostos eventos adversos relatados. O fato atraiu a atenção de parlamentares potiguares que também criticaram a restrição ministerial.
“Depois de afirmar que há ‘excesso de vacinas’ no país, o ministro disse que ‘estão aplicando vacina em quem não deve’. Isso com o país chegando a 600 mil mortes por covid! O governo Bolsonaro trabalha a favor do vírus! Enquanto o ministro da saúde faz coletiva sabotando a vacinação, o presidente pressiona para editar decreto que desobriga o uso de máscara e tenta participar de evento da ONU sem ter se vacinado”, desabafou Natália, em uma rede social.
Para o senador Jean Paul Prates, o fornecimento das doses não está acompanhando a necessidade apresentada pelos estados e municípios, com o aumento da confiança da sociedade na vacina. “O ministro parece estar sendo acometido dos mesmos problemas verificados na gestão Pazuello. Quando se percebem falhas do Ministério da Saúde, ele, infelizmente, atribui o problema a outros. Desta vez, ele culpa os estados pelo descumprimento dos protocolos nacionais estabelecidos no PNI para atribuir a eles a responsabilidade pela falta de imunizantes”, afirmou.
Jean lembrou ainda que o Ministério da Saúde não está cumprindo a lei aprovada pelo Congresso Nacional que beneficiaria as lactantes. “Até hoje, ele não encaminhou nota técnica aos estados e municípios orientando a priorização da vacinação e muito menos autorizou a inclusão do grupo, que também inclui crianças e adolescentes com deficiência. O ministro precisa fazer o dever de casa antes de sair por aí criticando os governadores. Apesar de Bolsonaro, vacinamos muitos brasileiros e bem rápido graças à eficiência do Sistema Único de Saúde”, desabafou.
O ex-ministro e ex-deputado federal Henrique Alves pediu que o ministro Queiroga reveja a decisão política e se volte à uma decisão técnica. “Ministério da Saúde e estados e municípios em conflito por causa da vacinação de adolescentes de 12 a 17 anos. Continuarão vacinando e o Ministério confuso e confundindo. Vacina é saúde”, disse.
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